Prudence G. Great- Status:
Finjam que o vestido tá cortado e /tijolo
Prudence tinha a tréplica na ponta da língua. Iria esbravejar mais alguns palavrões e ofensas, mas tudo foi interrompido por um tiro. Conhecia aquele som, não era para acertar e sim para dizer "vocês todos aí se foderam". Prudence olhou com um certo desespero no olhar para Meredith, mas o sorriso que deu fez a expressão parecer algo como "Hey, wanna play this shit?"
Não queria "playzar a shit". O sorriso foi uma comemoração pela sua suspeita estar certa. Era tudo uma armadilha. Tiros passaram perto de si e da ex, o que fez Prudence ter a reação automática de cair fora dali. Com rapidez, chutou os saltos dos pés e agarrou o pulso da ruiva, correndo num ritmo bom para trás de uma pilastra grossa. Cabia as duas magrelas perfeitamente, dando um tempo de cerca de dois minutos para a loira arrancar a parte de baixo de seu vestido, com a ajuda de um vidro pontiagudo proveniente das garrafas quebradas por conta dos tiros. O corte ficou extremamente mal feito, mas foda-se. Podia andar livremente, mesmo que algumas partes estivessem desiguais. Sua PT 100 foi retirada da lateral de sua calcinha boxer, onde se encontrava mais dois cartuchos com cinco balas (um caiu enquanto andava, mas nem percebera). Tinha até silenciador, o que ajudaria na hora de atirar escondida.
Tudo isso foi uma ideia louca de seu pai. Ele e o irmão desconfiaram demais do convite, mas já que a mãe de Prudence a convenceu a ir, Fernando propôs que ela levasse ao menos isso. Se já conseguiu sobreviver com um pedaço de pau no meio de uma briga feia num clube, com certeza não iria morrer por umas balinhas da polícia. De qualquer maneira, Prudence estava determinada a sair viva dali, como todos. Mais uma vez a sorte atuou ao seu favor, quando fora revistada e liberada sem ter seus itens pegos.
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Meredith, por favor, não morre. Te vejo mais tarde. - Murmurou para a garota e se virou a tempo de dar um tiro numa policial que se aproximara sorrateiramente. Prudence acabou com a agonia da mulher dando-lhe um tiro no rosto e largando-a morta no chão. Correu alguns metros e acabou por se esconder atrás de uma mesa tombada, não antes de atirar contra o pescoço do policial escondido atrás. Por sorte não levou nenhum tiro, nem mesmo de raspão, fato que a fez suspirar de alívio. Ficou com a guarda levantada, pronta para sair correndo caso o caminho ficasse livre e atirar em alguns tiras.
Abel Bonfils C.- Aloka:
Tudo que aconteceu deixou Abel extremamente desorientado. O que escutou eram tiros, mas ele ainda não entendia. Numa festa tão chique, por que haveriam tiros?
A ficha caiu no segundo em que Isaac puxou ele e Stephan para dentro do boxe. Para que o menor não fizesse barulho, provavelmente achou que os dois iam estupra-lo, tampou sua boca e segurou os braços, aproveitando do porte pequeno dele para imobiliza-lo. Esperou até que Isaac abatesse os dois
retardados policiais para sair do esconderijo, largando 'Estepinho' em seguida. Seguiu o moreno e se agachou a lado de um vaso de planta grande o suficiente para se esconder enquanto o outro checava a área. Mal conseguiu se pronunciar e já recebeu um cadáver em suas mãos, ou melhor, um escudo. Vasculhou o corpo do homem, porém não achou nada interessante ou útil.
Um sorriso ocupou seu rosto ao ver alguns policiais sendo mortos no hall, e a vontade de estraçalhar todos ali cresceu em si. Por que não tinha uma arma? Queria uma.
Escutou um tiro alto, que atingiu Isaac. Correu até perto do amigo, recebendo desajeitadamente a metralhadora dele. Wait. Sua mente ficou entre gastar todas as balas daquela belezinha e ajudar o moreno, mas o lado racional venceu. Ele tinha um? Que seja. Enganchou o braço na cintura do amigo e deu uma sonora risada, enquanto o arrastava desajeitadamente pelo corredor até que estivessem minimamente protegidos.
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Com essa camisa curta, você parece um gogoboy gore. Adorei. - Piscou para Isaac e se virou, dando de cara com um policial. Este estava armado somente com um faca de caça, e pronto para cortar o abdome de Abel. A reação rápida foi dar um passo para trás, por pouco não sendo ferido. Deu três tiros no peito do homem, percebendo que o calibre da arma era suficiente para joga-lo para trás. Wow.
Seu escudo era a sorte, empunhou a metralhadora com as duas mãos, de maneira mais confortável e perigosa. Estava deitado no chão, assim seria um alvo menos fácil, ainda mais com a parede a seu lado para ajudar. A cada tiro, o sorriso de Abel tinha mais motivo para estar estampado em seu rosto. Ele atirava em todos que ousassem chegar perto de si. 14 tiros, 12 vítimas. Para ele, era divertido pra cacete estar num tiroteio. Era. Um tiro vindo sabe-se lá de onde atingiu sua perna, fazendo-o soltar um grito. Sentiu que a bala encravou no osso, o que aumentou sua agonia. Era impossível ser atingido lá, e percebeu depois de instantes que o bendito viera do andar de cima. A luz vermelha estava apontada para sua testa, mas já havia disparado contra o sniper filho da puta. De cinco tiros, dois fizeram-no cair da escada, terminando em uma poça de sangue. Mas Abel não estava satisfeito.
Estava com os gritos entalados na garganta, mas se recusava. Seus cotovelos foram úteis para arrasta-lo até Isaac e assim que chegou, arrancou um pedaço da calça manchada de escarlate e a amarrou acima do joelho, a fim de parar o sangramento.
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Somos dois merdas na merda.