Sua crise de pânico gerada pela claustrofobia ameaçava voltar no momento em que parou de conversar com o moreno mal-humorado. Tal ameaça fez a ruiva suspirar fundo e fechar os olhos numa tentativa falha de se imaginar num quarto de hotel nas Bahamas esperando a comida que pedira ao restaurante chegar. Ah, daria qualquer coisa para sair daquele lugar. Seu esforço fora interrompido por uma voz familiar, que ao abrir os olhos Meredith reconheceu pertencer à Cameron. Agradeceu imensamente ao garoto por não ter soltado seu primeiro nome ali. Tudo o que precisava naquele momento era mais uma preocupação. Pode parecer quase que um egocentrismo o fato de estar preocupada com o primeiro nome que odeia mais do que as outras coisas, mas apenas não gostava do passado que tal nome trazia. Não se importou de Cam não ter a chamado de Elektra, afinal, o pseudônimo começava a parecer estúpido aos ouvidos da ruiva. Assentiu sobre estar melhor com a cabeça e um sorriso cansado esboçado no rosto. Droga, ainda conseguia sentir as lágrimas secas que foram fruto do surto em seu rosto. À aquele ponto, já havia esquecido dos ferimentos nos pés, que repousavam no colchão sem ao menos arder.
Não havia percebido que Prudence simplesmente desaparecera de onde estava antes e só soube para onde olhar quando ouviu as palavras sussurradas por Cam. Não conseguia acreditar que Prudence estava intimidando alguém de maneira tão perversa num lugar tão inconveniente. Demorou alguns segundos para reagir, considerando que tudo o que fizera nesse meio tempo fora olhar assustada para a situação. Acabou por se encolher de susto quando o garoto que estava sendo intimidado por sua ex começou a gritar desesperadamente. Sem nem responder a pergunta de Cameron, usou seu espaço disponível para pular de onde estava e cair em pé no único espaço que sobrava de chão naquele quartinho. Uma dor aguda nos pés, seguida pela ruiva sentindo alguns dos cacos que provavelmente ainda estavam sobressalentes na sola de seu pé afundando mais ainda nos cortes foi o que aconteceu, mas Meredith estava pouco se fudendo para os seus pés. Não entendia o tipo de pessoa que apenas ficava olhando as pessoas sofrerem: considerava aquilo algo doentio, e sempre tivera alma de "super-heroína" quando se tratava de gente assim. Exclamou um "Prudence!" completamente indignado enquanto empurrava a loira e se agachava perto do garoto para que ficasse numa altura parecida com a dele. Sem nenhuma ideia do que fazer, levou a mão até os cabelos do garoto e começou a fazer um cafuné de levinho para não assustá-lo enquanto sussurrava um "shh" carinhoso baixo o bastante para que apenas ele ouvisse. - Ei, está tudo bem.- Disse, baixinho.
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